Observatório de acompanhamento das ações de Combate e Prevençao à Pedofilia e Proteçao a Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência - Campos dos Goytacazes - RJ.



sábado, 14 de maio de 2011

MENINAS DE GUARUS

Meninas de Guarus: Dois anos, muitas perguntas e poucas respostas…
Por Alexandre Bastos, em 14-05-2011

O advogado Maxsuel Barros Monteiro postou em seu blog uma indagação sobre o escandaloso caso de pedofilia que ficou conhecido como “Meninas de Guarus”. “Será que o inquérito foi arquivado por falta de provas?”, questiona.

Em busca de repostas, comecei a fazer uma pesquisa sobre o tema e descobri que entre junho de 2009 e maio de 2011, políticos de todos os grupos se posicionaram, a imprensa cobrou e muitas perguntas foram feitas. Porém, cerca de 700 dias após a primeira notícia, ainda não temos uma definição…

Prisões, escândalos, fofocas, promessas e espera, muita espera…

Junho de 2009 — A primeira notícia sobre o caso foi publicada pela Folha da Manhã em junho de 2009. Na ocasião, Leilson Rocha da Silva, conhecido como Alex, foi preso.

Novembro de 2009— Pedofilia, poder, estelionato e boato. Estes foram os ingredientes da entrevista coletiva concedida em novembro de 2009 pelo presidente da Câmara, Nelson Nahim (PR). De acordo com ele, não dava mais para ficar calado. “Minha filha já escutou isso (suspeita de pedofilia e envolvimento de vereadores) na escola. Não dava para me calar”, disse Nahim. O vereador deixou claro que desejava ver os culpados na cadeia e afirmou que alguém poderia estar se passando por ele.

Novembro de 2009 — A revista “Somos Assim” publicou uma matéria sobre crimes bárbaros de pedofilia, prostituição infantil e homicídio. Um homem chamado Leilson Rocha da Silva, conhecido como Alex, preso em junho, teria drogado crianças carentes de Guarus e forçado as mesmas a manter relações sexuais.

Dezembro de 2009 — O então deputado Arnaldo Vianna (PDT) solicitou que a CPI da Pedofilia, aberta no Senado Federal e presidida pelo senador Magno Malta (PR), investigasse as denúncias de pedofilia no município de Campos. Ele fez um pronunciamento na tribuna da Câmara Federal e afirmou que desejava ver os culpados na cadeia.

Dezembro de 2009 — O senador Magno Malta, presidente da CPI da Pedofilia, declarou em rede nacional, durante o programa do Datena, na Band, que visitaria o município de Campos com o objetivo de apurar a existência de uma rede de pedofilia na cidade.

Janeiro de 2010 — A revista “Somos Assim” informou que três meninas incluídas no programa de proteção a testemunhas, reconheceram, por fotos, dezenas de envolvidos. Na ocasião, o promotor Leandro Manhães disse que as investigações estavam quase sendo concluídas.

Maio de 2010 — Alegando estar cansada de esperar pela finalização das investigações dos casos de pedofilia em Campos, a vereadora Odisséia Carvalho (PT) disse que pensava em propor a abertura de uma CPI da Pedofilia na Câmara de Campos. “Vamos entrar em contato com o Ministério Público para saber como estão as investigações”, disse a vereadora.

Julho de 2010 — Em seu blog, o então deputado Arnaldo Vianna reclamou sobre a morosidade das investigações dos crimes de pedofilia em Campos. Segundo Vianna, o deputado Luiz Couto (PT), que integra a Comissão de Direito Humanos, se colocou a disposição para colaborar. Arnaldo solicitou uma audiência pública em Campos com os Membros da Comissão de Direitos Humanos

Novembro de 2010 — O então deputado federal Geraldo Pudim (PR) citou em seu discurso, na tribuna da Câmara Federal, uma denúncia feita pela vereadora Odisséia. Segundo a petista, existe, em Campos, exploração de menores em hotéis da cidade. Na ocasião, o site “Ururau” entrou em contato com o promotor Leandro Manhães. Ele afirmou que as investigações prosseguem, mas que em segredo de justiça e que havia também uma investigação pelo suposto sumiço de duas meninas.

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