Observatório de acompanhamento das ações de Combate e Prevençao à Pedofilia e Proteçao a Criança e ao Adolescente Vítimas de Violência - Campos dos Goytacazes - RJ.



terça-feira, 19 de maio de 2015

Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Infanto-Juvenil promoveu avanços, mas ainda falta muito para ser de fato efetivado



Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Infanto-Juvenil promoveu avanços, mas ainda falta muito para ser de fato efetivado
http://www.fundabrinq.org.br/images/fundabrinq/noticias/18_maio.jpg
18 de Maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Para essa luta, do ponto de vista do poder público, existe o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil. Elaborado em 2000, o documento se tornou uma referência para a sociedade civil organizada e para as três instâncias do poder federativo brasileiro, oferecendo diretrizes gerais para a estruturação de políticas públicas de enfrentamento à violência sexual.

Karina Figueiredo, Secretária Executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Exploração, destaca os avanços conquistados com o Plano, nos 15 anos desde que foi criado. “Contribuiu para que essa pauta ganhasse face dentro de alguns ministérios, de algumas áreas. Ampliou o que já existia e ganhou espaços em várias áreas, desde saúde, educação, turismo, assistência, esporte e lazer”, afirma. “O abuso e a exploração sempre existiram no Brasil. O que mudou nos últimos anos é que tomou maior visibilidade, fruto de várias campanhas e de um processo de mobilização social, de informação, de sensibilização da sociedade para a denúncia. Então, hoje é menos invisível na sociedade, mas sempre existiu”, completa.

Apesar dos avanços, ainda há um longo caminho para que atinjamos resultados efetivos nessa luta. “Os avanços não dão conta de garantir ações de prevenção ou atendimento de forma rápida. Às vezes uma criança sofre abuso e demora oito meses para conseguir um primeiro atendimento dentro da rede”, explica Figueiredo.

De acordo com Tiana Sento-Sé, coordenadora colegiada do Ecpat Brasil, isso acontece porque a rede de atendimento disponível é incapaz de atender à demanda existente. “Temos uma rede de atendimento que não dá conta da demanda, não dá conta nem de tipificar a violência, o que é uma situação de violência, o que é uma situação de assédio sexual e muito menos uma situação de tráfico de pessoas”, diz.

A falta de integração entre os serviços de atendimento também é um problema, o que em muitos casos provoca a revitimização da criança. “Muitas vezes, a criança chega para ser atendida no conselho tutelar por conta de uma denúncia, demora para ir para o serviço médico, depois vai para o IML, faz um caminho muito longo. E a cada órgão que ela vai tem que contar a história. E isso não é o que a gente deseja, porque a cada vez que conta a história ela vai sendo revitimizada”, afirma Sento-Sé. “O desafio é, sobretudo, ampliar a rede de atendimento, trabalhar de forma mais articulada, ter serviços mais integrados para evitar a revitimização da criança”, completa Figueiredo.

Outro problema está na questão da Justiça. “A gente não tem vara especializada para julgar crimes contra criança e adolescente, isso faz com que atrase muito o processo. Então fica tramitando dois, três anos um caso, e faz com que caia no descrédito, muitas vezes contribuindo para a impunidade”, afirma Figueiredo.

Além disso, é extremamente necessário aumentar o investimento na área. “Não adianta ter um plano que indique que tem que ter mais serviço, que tem que ter prevenção, se você não tem recursos no orçamento”, explica Figueiredo. “Tem que ter vontade política, porque também não adianta ter orçamento se os gestores não entendem que essa é uma ação prioritária”, destaca.

Ou seja, o Plano Nacional já oferece ferramentas para a aplicação de políticas públicas no combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. O grande desafio é conseguir promover ações efetivas para o enfrentamento da violência sexual. Como destaca Sento-Sé, “o Plano Nacional, editado em 2003 e que agora está sendo publicizado, já indica isso. Agora, o negócio é fazer com que funcione”.

Veja mais:
18 de maio: O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Organização realiza trabalho com crianças e adolescentes vítimas de exploração e abuso sexual
Pipo e Fifi: o combate à violência sexual através da informação
Abuso e exploração sexual são temas tratados na reunião da Rede Nossas Crianças
Fundação Abrinq

18 de maio: O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes



18 de maio: O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
http://www.fundabrinq.org.br/images/fundabrinq/noticias/Home18Maio.jpg
Com o objetivo de mobilizar a sociedade brasileira e convocá-la para o engajamento contra a violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes, 18 de maio foi estabelecido como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Apenas no ano de 2014 foram registradas 24.575 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. Desses casos, 19.165 foram de abuso e 5.410 de exploração sexual infantil.

Dados como esses, divulgados pelo Disque Direitos Humanos, evidenciam como é importante combater essa realidade. E maio é o mês dessa luta.

Por que 18 de maio?
Neste dia, em 1973, uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos.
Com a repercussão do caso, e forte mobilização do movimento em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, 18 de maio foi instituído como o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Desde então, esse se tornou o dia para que a população brasileira se una e se manifeste contra esse tipo de violência.

O que é violência sexual?
É a situação em que a criança ou o adolescente é usado para o prazer sexual de uma pessoa mais velha. Ou seja, qualquer ação de interesse sexual, consumado ou não.

É uma violação dos direitos sexuais das crianças e adolescentes, porque abusa ou explora do corpo e da sexualidade, seja pela força ou outra forma de coerção, ao envolver crianças e adolescentes em atividades sexuais impróprias à sua idade, ou ao seu desenvolvimento físico, psicológico e social.

Abuso x Exploração
A violência sexual pode ocorrer de duas formas distintas. Abuso sexual é qualquer forma de contato e interação sexual entre um adulto e uma criança ou adolescente, em que o adulto, que possui uma posição de autoridade ou poder, utiliza-se dessa condição para sua própria estimulação sexual, da criança ou adolescente, ou ainda de terceiros, podendo ocorrer com ou sem contato físico.

Já a exploração se caracteriza pela utilização sexual de crianças e adolescentes com a intenção de lucro, seja financeiro ou de qualquer outra espécie. São quatro formas em que ocorre a exploração sexual: em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual.

Prevenção
A melhor maneira de se combater a violência sexual contra crianças e adolescentes é a prevenção. É necessário um trabalho informativo junto aos pais e responsáveis, a sensibilização da população em geral, e dos profissionais das áreas de educação e jurídica, com a identificação de crianças e adolescentes em situação de risco, e o acompanhamento da vítima e do agressor.

Denuncie
Além da prevenção, o combate a essa realidade exige que os casos sejam denunciados. Portanto, se souber de algum caso de violência sexual infantil, procure o conselho tutelar, delegacias especializadas, polícias militar, federal ou rodoviária e ligue para o Disque Denúncia Nacional, de número 100.

Você pode agir. Proteja nossas crianças e adolescentes. Faça bonito e disque 100. 
Do site da Fundação Abrinq

segunda-feira, 18 de maio de 2015

De volta ao blog

Semana passada recebi um e-mail pedindo ajuda para várias crianças de uma mesma rua que eram abusadas por um homem de idade,
Fiquei chocada com o relato ,o descaso e a lentidão daqueles que,por força da lei,poderiam fazer algo,
Mas...eu posso fazer algo também!Posso denunciar,posso cobrar!
Por isso resolvi reativar o blog e formar um grupo de Sentinelas de Proteção Contra o Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes.
Estou organizando ainda.Espero contar com muitas pessoas.Tenho certeza que ninguém conseguirá ficar inerte frente a tal monstruosidade cometida contra um ser indefeso.
Darei notícias.

Heloisa Serafim
heloisaserafim@gmail.com