04 de junho de 2013 · 11:45
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CIDADES E REGIÃO - Sem solução
Procurador geral designa nova promotora para 'Meninas de Guarus'
Mauro de Souza
Há quase quatro anos no Ministério Público Estadual inquérito está sem solução
No dia 17 de maio foi realizada uma audiência pública, para cobrar respostas sobre o caso, já que se passaram quase quatro anos do início do inquérito sem que o Ministério Público (MP) tenha dado solução ao caso. Na audiência foi anunciado que a Comissão iria solicitar ao Procurador Geral a indicação de novo promotor para cuidar do caso.
Também participaram da audiência o delegado titular da 146ª de Guarus, Carlos Augusto da Silva; delegado titular da 147ª de São Francisco de Itabapoana, Geraldo Rangel, que na época era o titulad da 146ª DL; a delegada adjunta da 141ª de São Fidélis, que também pertencentia a 146ª DL na época do caso, Ivana Morgado. Dos 15 conselheiros tutelares convocados para a discussão, apenas dois compareceram a Casa Legislativa.
“Infelizmente um caso grave como este, hoje, em 2013, tem mais perguntas do que respostas. Isso é um fato quando a gente olha para o que aconteceu, olha para os resultados. Nós nos preocupamos muito, pois se esses números estiverem corretos, são assustadores e precisam ser apurados. E a impunidade, todos sabem, sempre alimenta novos casos”, lamentou o deputado informando:
“Nós tentamos aqui a presença do Ministério Público Estadual (MPE) que não nos respondeu e nem enviou ninguém. Isso não é bom para um caso como esse onde o MPE tem muito a dizer. Mas, isso será apurado e ainda hoje estarei ligando para o procurador-geral de Justiça do Estado, Marfan Vieira, e marcando uma reunião já para a próxima segunda-feira (20/05), para que a Procuradoria Geral do Estado nos dê a resposta que o MPE não nos deu.
Segundo o relato da deputada Janira Rocha, no inquérito há citação de políticos, médicos e policiais, como participantes de atos de pedofilia. Ainda segundo a deputada, consta no inquérito casos de crianças de 10 anos que eram obrigadas a manter relações sexuais com vários homens numa noite.
O deputado Geraldo Pudim disse que político, médico ou policial, qualquer um que tenha participado de um ato como esse deve 'ser tratado como um bandido qualquer'.
“O caso Meninas de Guarus me inquietou muito, pela demora em dar solução ao caso. No final do ano passado vendo que não se concluía, que não era dada uma satisfação à sociedade sobre essa rede de pedofilia que terminou com o assassinato de duas meninas, extorsão e também o uso de meninos na prostituição”, diz Roberto Henriques.
A ex-vereadora Odisséia Carvalho, disse que embora o Alex tenha sido o único preso no caso, há na cidade uma rede de pedofilia que precisa ser desbaratada. Em 2010, quando vereadora formou uma comissão e foi até o MPE, e também não receberam nenhuma informação do caso, tendo ido ainda à Polícia Federal, mas que não entraria no caso por se tratar de abuso de menor, o que seria de competência da Polícia Civil.
"MENINAS DE GUARUS"
Em 2009 a Polícia Civil descobriu um ponto de exploração sexual e prendeu, em flagrante, o proprietário do imóvel e encontrou cinco mulheres, sendo três maiores e duas menores de 16 e 17 anos.
O caso ficou conhecido como “Meninas de Guarus” e esteve sob investigação na 146ª Delegacia Legal, sendo assim iniciado inquérito, o qual foi para o Ministério Público Estadual (MPE) onde um novo inquérito foi aberto pelo promotor Leandro Manhães.
O caso ganhou destaque no Congresso Nacional em dezembro de 2009, quando o então deputado federal Arnaldo Vianna (PDT) requereu a presença da CPI da Pedofilia do Senado em Campos, e obteve uma resposta positiva do presidente da CPI, o senador Magno Malta (PR/ES), que no mesmo mês mostrou-se indignado com o caso, mas este acabou não sendo tratado em Brasília.
Já na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o deputado estadual Roberto Henriques apresentou a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), presidida pelo deputado Marcelo Freixo, o requerimento a realização da audiência pública em Campos, o que ocorreu no dia 17 de maio com as presenças ainda das comissões de Defesa dos Direitos da Mulher e dos Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso.
De acordo com informações do G1 e InterVT Panície, em março de 2012, numa decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), através da relatora Maria Thereza de Assis Moura, Leílson foi inocentado da acusação.
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